O caminho do hacker

Preso, Walter Delgatti detalhou como atacou autoridades

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Tecnologia VOIP

A primeira vítima foi o promotor de Araraquara (SP) Marcel Zanin Bombardi, que havia denunciado Delgatti por tráfico de drogas. O hacker havia sido preso, em abril de 2017, com medicamento de venda proibida

O hacker Walter Delgatti utilizou tecnologia VOIP (voz sobre IP) da empresa BRVOZ, que permite ligações como se fossem telefônicas, mas por meio da internet

A partir da agenda do Telegram de Bombardi, chegou a um procurador da República de quem não lembra o nome

2

Simulação do telefone

O serviço permitia uma simulação do telefone que faz a ligação. O hacker notou que tinha acesso à própria caixa postal ao simular o próprio número e ligar para ele mesmo

Em seguida, acessou o grupo

"Valoriza MPF", do Telegram

3

Autenticação

A partir da agenda de um dos integrantes do grupo, atacou o deputado federal

Kim Kataguiri (DEM/SP)

Para usar o aplicativo de mensagens Telegram, é preciso autenticá-lo com um código enviado por SMS ou por mensagem de voz. O hacker contou ter acessado caixas postais dos telefones de autoridades, para onde enviava os códigos de autenticação

Alexandre de Moraes,

ministro do STF

Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República

(O hacker disse que armazenou diálogos dos membros da força-tarefa porque teria constado atos ilícitos nas conversas)

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato

Deltran

Dallagnol

Orlando

Martello Jr.

Januário Paludo

Diogo

Castor

A partir de Deltan, chegou a Sergio Moro

Sergio

Moro

Fonte: Depoimento de Walter Delgatti à PF

Infografia | Marcelo Franco