MADRUGADA DO TERROR

Polícia esclareceu sequência dos fatos no dia da morte de irmãos

Madrugada de 21 de abril: o pastor George Alves está em casa sozinho com o enteado, Kauã Salles Butkovski, de 6 anos, e com o filho, Joaquim Alves Salles, de 3. As vítimas são estupradas.

Após o estupro, George espanca os dois meninos, a ponto de deixá-los desacordados. A perícia da Polícia Civil encontrou sangue de Joaquim no box do banheiro social da residência e na escrivaninha do quarto das crianças, o que comprova as agressões.

Inconscientes, os irmãos Kauã e Joaquim são levados pelo pastor para um quarto.

Os dois são colocados na cama pelo pastor. As vítimas foram encontradas uma ao lado da outra em um beliche.

Em seguida, George joga

no local combustível, que, segundo a polícia, era um derivado do petróleo, e ateia fogo nos irmãos, ainda vivos.

Segundo

a polícia, George usou combus-

tível para que o fogo se propa-

gasse mais rapida-

mente

Uma fumaça começa a sair

da casa às

2h22, segundo constatou depois a polícia, ao ver as imagens de câmeras de segurança

da rua.

O incêndio se alastra rapidamente, e o pastor fecha a porta do quarto, às 2h20.

Às 2h24, dois rapazes passam

pelo local e veem o fogo.

O pastor está do lado de fora da residência, no quintal, mas

em nenhum momento ajuda a abrir o portão ou dá sinais de desespero.

Os rapazes precisam arrombar

o portão para entrar na casa.

Neste momento,

o pastor

finge estar desesperado

e afirma que os filhos estão

dentro de casa.

A janela do quarto se quebra,

e as imagens das câmeras mostram o clarão de chamas às 2h28, quando o incêndio se espalha. Os dois homens entam entrar no quarto, mas o fogo

já é intenso.

O Corpo de Bombeiros é acionado e chega ao local às 2h30.

O incêndio é controlado.

Um trabalho de perícia começa,

e os corpos das crianças são recolhidos.

Ilustração: Arabson